Num desses programas da manhã, radiofónicos, claro! uma das perguntas a que os participantes deviam responder era (mais ou menos) esta: Qual foi o livro que mais o marcou? Eu sempre achei que a uma pergunta destas a resposta era mesmo múltipla, sem escolha, mas a verdade é que hoje fui confrontada com a minha resposta (eu pergunto, eu respondo, eu falo sozinha, de mim para mim, ninguém dá por nada!: Olhai os Lírios do Campo. Se foi este o livro que me assaltou a resposta é porque é esse o livro que mais me marcou.
Tudo tem uma explicação, ou pelo menos eu gosto de pensar que tem. Este foi o primeiro livro de gente grande que eu li, antes de entrar propriamente na idade grande. Marcou-me porque não o percebi, mas percebi que não o tinha percebido. E voltei a lê-lo já com os meus centímetros todos de altura. E voltei a lê-lo quando a chamada experiência da vida me segredou que o lesse...
Não fiquei com a Olívia agarrada à minha pele. Fiquei com o Eugénio, com as suas hesitações, indefinições, ambiguidades, ambições, vaidades e secretas humilhações.
1 comentário:
Também não o percebi. Mas ainda não o reli!
Beijos
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