terça-feira, 14 de abril de 2009

O Homem, o Barro e as Mãos

"Será Mafra ainda o destino saloio dos Lisboetas, ao domingo à tarde?
Até lá chegarmos, há moinhos na paisagem e as trouxas na Malveira. Bem perto, a Olaria do Zé Franco! E o velho oleiro ali está, moldando as suas figuras. Oferece um copo de vinho e pergunta, com simpatia, se gostamos daquele lugar."
Estas linhas têm já a idade da razão. Mas a razão de me lembrar hoje do velho oleiro é triste. Aliás, eu não me lembrei dele hoje. Lembraram-me da sua existência e revi imagens das mãos a moldar o barro com aquela intimidade de quem trata por tu a arte e o próprio barro. Dessa intimidade nasceram figuras parecidas com o próprio mestre: grandes na sua simplicidade.imagem daqui

1 comentário:

eduardo disse...

Lisboetas como eu já não possuem destino. Perdi o rumo e os caminhos que me levaram a descobrir as coisas boas da idade da razão. Sorte a minha que ainda te encontro na descoberta destas coisas simples.
Sempre com muito agrado com que venho por estes lados. E o rio aqui tão perto!