terça-feira, 8 de junho de 2010

Nini, o que se passou foi isto?

Foi só conversa.
Mentira! Foi também bolinhos caseiros comprados na pastelaria, ou melhor, na fábrica de bolos. Daquelas fábricas de bolos que existem desde sempre. Uma porta, cinco metros quadrados de chão pintalgado até ao balcão de vidro, uns cestos (forrados de pano) cheios de pão; uma outra porta vedada à curiosidade de quem entra por uma simples cortina florida; ao lado, tabuleiros de ferro carregadinhos de bolos que ainda cheiram a quente e com sabor que sobe pelas narinas até ao centro do prazer, fique lá onde ele ficar.
A Marta trouxe uns quantos e convidou-nos a “engordar”.
(A parte da pastelaria é uma invenção, claro! A parte do "engordar" é a sério!)
Até a caixinha, acabadinha de "montar", reluzia, na brancura do cartão. Depois veio o tabuleiro com o jarro da limonada e três copos. A Regina explicou que os limões tinham nascido ali, no seu jardim. A empatia e a simpatia instalavam-se com a mesma suavidade da brisa que corria e que se fazia sentir nos pés nus que eu arrisquei, apesar da previsão de chuva para todo o território continental.
Chegada estava a altura de falar do que nos juntara ali. A conversa fluiu ao som das ideias, ao ritmo dos bons sentimentos das duas "meninas" que escolhemos para me acompanharem na aventura do dia 17. O público "sub-metro-e-meio" é exigente!
Falta-me a minha parceira destas "aventuras". (Não, isto não é um plágio!) Mas de Nova Iorque ao Montijo as boas energias viajam à velocidade da luz e muito do bom ambiente que vivemos esta tarde teve a inspiração dessa amizade crescida (Quase quarentona! Vê tu, Nini, como o tempo passa!).
Estes momentos, apesar de breves, purificaram-me.
Senti-me a visitar uma página da literatura vitoriana em que o feminino se imprime numa paisagem de primavera fresca, quase fria, onde há jardins, relvas, recantos bucólicos inventados de propósito para a inspiração criativa.
O que se passou foi isto, querida Nini!

5 comentários:

Anónimo disse...

Eu adoro ler as tuas divagações, descrições, pensamentos... emoções ficam sempre na retina e registadas na memória dos sentimentos.
Adoro!
TM

Graça disse...

Madalena,
Como sempre... Tu consegues transmitir sentimentos verdadeiros através das tuas palavras. Consigo até sentir o cheirinho do pão quente. adorei!!
beijinhos
bom fim de semana

Anónimo disse...

Querida Mana,

Caminhando pelas ruas desta Babel, chega-me a alegria das vossas risadas.
Hoje avistei a Liberdade do cimo de um arranha ceus.
Senti-me um pouco ave de arribacao, who knows uma flaminga que veio visitar a Big Apple!
Durante o dia falo 'americano"e portunhol... A minha cabeca rodopia com tantas imagens e tanta informacao. Beijos e abracos, Nini

Natália Fera disse...

Bom dia Madalena
Como é bom vir aqui ler as tuas mensagens lindas como sempre.
Aiiii quem me dera saber escrever assim e conseguir deitar cá para fora os meus sentimentos e emoções como tu fazes tão bem.
Beijinhos e um bom fim de semana.

Gatapininha disse...

Oi Madalena
Falas em doces, mas eu fiquei-me a babar pela limonada caseira:)
jokas