domingo, 29 de maio de 2011

A Tempestade

De repente, os céus escureceram, a temperatura baixou nove graus, a chuva começou a cair, num crescendo de força e intensidade, seguiram-se as pedras de granizo que fustigavam a visão da estrada, batendo com violência no vidro, os raios caíam a uma distância que parecia muito curta e não contente com isso os trovões calavam todos os sons possíveis...
A solução foi parar. E todos pararam, de um lado e do outro da A2. A medo, alguns minutos mais tarde, impossíveis de contabilizar num cenário de horror, todos os automobilistas retomaram o caminho, rumo ao céu azul que nos esperava alguns, poucos, quilómetros mais tarde...
Já passaram mais de vinte e quatro horas e ainda não recuperei do susto.
No regresso, a gota mínima era logo, para mim, uma ameaça de temporal. É que foi assim que começou: umas pinguinhas de chuva...
"O céu fere com gritos..." diz o poema maior da nossa literatura. Só quem passa por elas, diz o povo. Todos dizem a verdade: passar pelo meio da tempestade é uma experiência atemorizante. É uma das provas da nossa fragilidade, a nossa e a de todos os humanos. É uma das provas da Força da Natureza.

2 comentários:

Jorge disse...

Como dizia o Astérix: só tenho medo de uma coisa - ue le ciel me tombe sur la tête! E ele lá saberia porquê.

Graça Pereira disse...

Deve ter sido um susto terrível! Vi as imagens e pareciam cenas irreais!
Dizem que poderá tb acontecer aqui no Norte e...já estou como tu...quando caiem uma pinguitas mais fortes...penso logo: Vai aontecer!
beijocas
Graça