terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fins de Agosto

Agosto, como a palavra  parece indicar, devia ser sinónimo de prazer. Tudo "a gosto": a vida, o tempo, o do relógio e o outro, os humores, os nossos e os alheios... Enfim, tudo devia correr de modo a que  nos sentíssemos verdadeiramente preparados para mais uma jornada de trabalho que vai durar os onze meses que faltam para o mês de Agosto voltar!
Mas o mês de Agosto, o "querido mês de Agosto" de que fala uma cantiga foi, ao longo dos anos, transformado em "silly season". O "nada" para os gostam de uma visibilidade e atenção permanentes.
E o mês das férias em família, da praia cheia de crianças com baldinhos e pás, à procura do lugar ideal para construir um castelo de areia, foi sujeito a uma espécie de industrialização do lazer!
Até o sol mudou o seu estatuto e é encarado como o inimigo número um da pele. Ele, o astro-rei! E nós que, nos tempos que já lá vão, tostávamos ao sol, até chegar ao castanho apetecido, ao comprovativo de uma praia à séria, sujeitamo-nos ao saudavelmente correto...
Assim não vale, meu querido mês de Agosto!
Volta ao que és na tua essência, mês de "dolce fare niente".
Tens mais um ano para pensar sobre o assunto!

1 comentário:

Graça Pereira disse...

O mês de Agosto não deu para "tostar" muito como fazíamos numa praia à séria...sem medos, num tempo em que nem sabíamos os males que o sol fazia à nossa saúde...Dias inteiros estendidas na areia doirada, mergulhos quentes no Indico até o sol adormecer nas suas águas...ah! desse Agosto ...eu gosto!
Beijocas
Graça