sábado, 8 de fevereiro de 2014

Manos!

Muito se escreve sobre o amor dos irmãos. Há teorias e teorias sobre a maneira como este amor cresce.
Agora é a "nossa" vez ( pais, tios e avós) de perceber como é que este amor engorda e cresce, como eles próprios, os irmãos.
Como muitas vezes percebi, os livros ensinam muito sobre as pessoas: sob a capa da ficção, as verdades impõem-se. Um desses livros, li-o há muitos anos. Da autora Alice Vieira, Rosa Minha Irmã Rosa. A Mariana, de dez anos, é surpreendida pela notícia da chegada de um, ou uma, irmão, ou irmã.
A partir do momento do nascimento, as novas situações e as novas sensações multiplicam-se e a Mariana tem de aprender a lidar com toda a novidade, com o que até aí era desconhecido.
 Até o espaço que a pequenina Rosa ocupa é incompreensível para a Mariana. São 50 cm de gente e tantas gavetas ocupadas!
Não é fácil dividirmos, partilharmos os nossos bens. Como é que se abdica de metade da atenção daqueles que são o nosso mundo, a nossa vida? 
Será que esta dificuldade se apresenta assim nas cabecinhas dos manos mais velhos, de modo tão "explicado"?  Provavelmente, não!
Talvez um dia possa falar sobre isto com os meus netos e recordar-lhes  estes lindos momentos da vida da família mais próxima. Que me dera que sim! Não se  lembrarão do que sentem hoje mas saberão então o verdadeiro valor de uma companhia que vai fazer parte de todos os natais, aniversários e outros momentos importantes.
Saberão então que  são a melhor e mais verdadeira companhia um do outro por tudo o que têm em comum, sobretudo o que toca aos afectos: a mesma mamã, o mesmo papá, os mesmos avós e tios. 
           

Sem comentários: