segunda-feira, 4 de julho de 2005
"Netescrita - O Reino Mágico da Fada Emília"
Era uma vez um reino distante, dominado pelo silêncio. A água corria nos rios, mas não marulhava como noutros rios de outros lugares. Para quê? O vento soprava mas não uivava e mesmo as brisas, quando agitavam as folhas das árvores pareciam fazê-lo de modo a que não se ouvisse o mais pequeno som do farfalhar das folhas.
Um dia passou por lá uma mulher. Dizem que era uma espécie de fada, mas em vez de tocar nas coisas com uma varinha, usava o seu desejo e tudo se transformava conforme o desejo dizia.
Conta-se que, ao sentir o silêncio, percebeu que se podia tratar de alguma maldade de alguma fada, em dia de menos bom - humor.
Magicamente, o seu desejo começou logo a funcionar:
Pensou nos meninos e meninas da sua aldeia, que nem era muito longe dali e pensou em trazê-los até ali.
Entusiasmados, todos quiseram ir.
Uns dias depois, lá partiram com as suas mochilas cheias de palavras, pois era essa a condição.
Quando lá chegaram, pararam num sítio especialmente bonito e abriram as mochilas.
Enquanto uns atiravam palavras ao rio, outros penduravam-nas nas árvores.
Ao fim de algumas horas começou a ouvir-se o splash das palavras mais pesadas a caírem na água...
E todos os dias os meninos lá iam com as suas palavras.
Este reino chama-se Netescrita e dizem que a fada está muito contente e recebe muito bem quem vem de longe!
Os meus mil obrigadas ao Incompetente, que teve a ideia e me desafiou para esta co-produção!
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8 comentários:
Olá Madalena, olá Incompetente:
Eu já aqui estive e falei, até me fartei de falar depois de ter ficado muda ao abrir o chora e ver esta história! O que aconteceu a tudo o que eu disse? Desapareceu?
Quando aqui cheguei e encontrei esta história depois de dois dias de fim-de-semana longe deste mundo "virtuo-real" fiquei mesmo parada e disse baixinho: E agora, Emília, o que vais fazer?
Não é fácil falar sobre esta história que aqui li! Mas sabes uma coisa? Ela tem mais personagens para além dos meninos e das meninas. São personagens invisíveis mas reais, muito reais, que aplaudem o que esses meninos escrevem, e então eles querem escrever mais e mais.
E todas essas palavras chegam a outros meninos, de outros lugares, de outros rios, de outros mares. E esses meninos também atiram palavras aos rios e penduram palavras nas árvores.
E outros meninos lêem essas palavras, e outros meninos escrevem, e lêem e escrevem, e lêem e escrevem, e lêem e escrevem, e lêem e escrevem...
Um abraço cheio de ternura e reconhecimento,
Emília.
E claro, da ternura que sempre intuí em ti, Madalena, sem te conhecer, conhecendo-te a pouco e pouco, nas palavras que são como corpos de nós, uma vez mais se confirma.
Um beijo de boa noite.
Que bom começar a semana com esta linda hstória. Muito obrigada. Agradeço também ao Incompetente. Que bonita ideia que tiveram. Beijinhos
Bom dia, Madalena.
Estou aqui a ver se descubro o que dizer mas não me saiem as palavras.
Apenas sei que é uma vertente, essa tua, que se ajusta a tantas outras Fadas como a incansável Emília.
E o olhar sobre todos os meninos e meninas que ensinaste, faz com que o futuro daqueles pequenotes se desenhe mais risonho com gente assim por perto.
Eles merecem.
Vocês também.
Dá cá um beijinho, rapariga.
Enquanto uns atiravam palavras ao rio, outros penduravam-nas nas árvores - Obrigada, Madalena!, beijo, IO.
Palavras para quê?Estão todas retratadas na história!Lindo.
beijinhos
ana
Pois a mim, assim já tarde, só resta dizer: vou andar sempre por aqui a querer mais! e por lá... aí!
:)
o0oOOoohh... vício bom, este de passear pelas "páginas"!
Boa Noite Madalena...
Hoje conheci a fada Emilia e por ela cheguei aqui...
Gostei do que vi e muito muito do que li...
Beijinhos para todos que participam do Chora e um especial à você.
diretamente do Brasil,
Nice
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