De acordo com a fonte onde vou buscar algum conhecimento com que preencho estes espaços, o Padre Bartolomeu de Gusmão nasceu num dia 19 de Novembro.
Até ao Memorial do Convento, o Padre Bartolomeu de Gusmão era uma figura da história, ligada à epopeia dos ares através da sua invenção voadora: a passarola!
Imagem daqui
Depois do Memorial do Convento, este mesmo nome ganhou, para mim, a dimensão humana que Saramago lhe deu. No romance, o padre é um homem que está próximo de Blimunda e Baltasar, muito próximo. Tanto, que é com eles que divide o sonho e a experiência de voar.
Tão próximo que ficou muitas horas junto de Blimunda, quando ela caiu doente, quando ela quase morreu. Roía as unhas, murmurava palavras que Baltasar não entendia. Talvez rezasse! É junto a essa Blimunda quase morta que o Padre tece considerações belíssimas sobre o pecado e o perdão que reflectem um pensamento verdadeiramente superior.(Será do padre ou de Saramago?)
Um pensamento que pensa Deus misericordioso, Deus que vê directamente nos corações. “...e se os pecados forem tão graves que não devam passar sem castigo, este virá pelo caminho mais curto (....)se entretanto as boas acções não compensarem por si mesmas as más....”
(Quando Blimunda sai daquele torpor, a máquina de voar está pronta.
E voam. Voam naquele céu de que o povo tanto espera, mas para o qual pouco olha. Acompanha-os um milhafre. A máquina cai, mas os três estão sãos e salvos.)
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