"O erro de construção de um dos que com predicado no singular (ocorrente em Fernão Lopes, Frei Luís de Sousa, João de Barros, Bernardes, Vieira, Garrett, Herculano, Camilo, etc.) explica-se por atracção de um."
O Ciberdúvidas passará a incluir-me a mim, pelo post sobre o Fernando Alves.
(Isso queria eu, figurar entre tão ilustres nomes!!!)
Vale a pena ler, na íntegra, o esclarecimento!
Camões, esse não errou! Ou melhor: errou no amor, como explica no soneto.
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
E ainda há a Joana que errou de João, "a mulata triste que errou na dose, errou no amor". Chico Buarque, claro!
2 comentários:
Isto não é uma contrição. É uma lição. Bonita, ainda por cima :))
beijinhos
Com a devida vénia e agradecimento pela chamada de atenção, faço minhas as palavras do Espumante.
Beijinhos
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