Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!
A poesia de José Craveirinha é tambor ecoando na alma da língua portuguesa, esteja lá onde tiver nascido o verso, o poema, o desejo...
Sim, patrão poeta da minha terra. O velho Deus dos homens fez-te a vontade e deixou-te ser tambor!
O poeta cor de carvão, nascido em Lourenço Marques em 1922, morreu há 3 anos, nesta data.
Imagem daqui
2 comentários:
Em cada dia, ecoam tambores de histórias, de lembranças.
Eu ouço-os... leio-os também.
Este sensível.
E como todos nós, também o Pitchu deixou marcas.
Boa semana
Que gente especial aquele país produziu!
Beijinhos
Enviar um comentário