segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Poetas das minhas Terras

" Um homem nunca chora "

Acreditava naquela história
do homem que nunca chora.

Eu julgava-me um homem.

Na adolescência
meus filmes de aventuras
punham-me muito longe de ser cobarde
na arrogante criancice do herói de ferro.

Agora tremo.
E agora choro.

Como um homem treme.
Como chora um homem!

José Craveirinha!
(Claro que os homens choram, poeta! Mas só quando são mesmo já homens de verdade, homens feitos, como diz o povo. É preciso lá chegar. É preciso passar pelas adolescências e pelas infâncias, tempos de sonho que amortecem as dores com promessas de futuros risonhos. Depois o ferro, moldado pela vida, torna-se carne e osso e lágrimas.)
O poeta morreu a 5 de Fevereiro de 2003.
Imagem daqui

6 comentários:

Anónimo disse...

Madalena, estás sempre atenta!
Obrigada por nos trazeres em homenagem PESSOAS que passaram nas nossas vidas.
Beijinhos
M.Dores

125_azul disse...

Eu agora tenho um homem pequenino que chora só quando tem fome e muito baixinho...mas o pai dele chorou quando ele nasceu, tão pequenino, tão frágil...
Tinha muitas saudades tuas, obrigada por tantos miminhos lá no 125. Espero conseguir voltar às visitas assim que ele vier para casa, agora os dias são curtos para tanta coisa! beijinhos, semaa feliz

Claudia Ganhao disse...

Cara Madalena que bonita reflexão que hoje nos trás!
Chorar é um dom e não um defeito, mas a nossa sociedade não está preparada para tal, ainda!
Beijinhos

dakidali disse...

Sempre em cima do acontecimento e quando é da nossa bela terra então ainda sabe melhor. Ainda bem que nos trazes esses acontecimentos.
Beijinhos

Anónimo disse...

Olá Madalena, eu estive aqui ontem, deixei-te umas palavrinhas, ou melhor, usando as palavras da M.Dores disse que, além de estares sempre atenta tens a encantadora capacidade de nos ensinar muitas coisas. Não sei o que aconteceu mas nada do que eu escrevi está aqui!!! Que asneira terei feito para que o comentário não aparecesse?
Um abraço,
Emília.

Madalena disse...

Querida Emília, não sei mesmo o que possa ter acontecido. Eu só apago os comentários SPAM porque não tenho instalado o anti spam. Obrigada por teres insistido em deixar aqui as tuas palavras amigas.
Mil beijinhos para ti.
Mil beijinhos para a Maria, a Azulinha, a Carracita e a Teté.
A inspiração não tem andado por aqui e o tempo também não. Obrigada por virem até cá!!!!