terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia Mundial da Fotografia

Para celebrar o valor da fotografia, escolhi esta de tempos que eu não sei se vivi.... 
Mas estava lá ou cá, depende de estarmos a falar do mundo, do planeta ou da Vida.
Tenho aqui um momento eternizado dos meus pais jovens e felizes, comigo ao colo.
Este instante  sem este suporte já teria desaparecido, ou nem nunca talvez tivesse aparecido na minha memória. E quanto não vale este sorriso da minha mãe, com toda a sua beleza, em sintonia com o  enlevo do meu pai. 
Neste dia, eu juntei-os, pela certa. 
Neste registo confirmo o que sempre pensei, a propósito do gosto que a minha mãe sempre manifestou em arranjar-se, estar sempre bonita. É que as "divas" não têm terra, cidade, aldeia.
Esta foto foi tirada no "mato", no Alto Molocué,  e reparem como estamos todos bem vestidos. E a minha mãe tem brincos, colar, um vestido lindíssimo e baton. Ainda hoje, perto dos noventa mantém esta preocupação: alindar-se sempre.
A minha roupa também me parece muito a condizer com ela.
E com ele, o meu pai, um conquistador.  
Nem no mato perdia aquele jeito de se parecer com os actores da época. Vejo sempre nele uma mistura de Clark Gable com Rudolfo Valentino...

2 comentários:

miguel disse...

tão lindos, os teus pais. e tu, uma bebé nas selvas do Alto Molocué. acho que este convívio tão precoce com a natureza indomável nos ficou para sempre.

Madalena disse...

Querido Miguel, as nossas resistências vêm daqui com toda a certeza!!!! Do mato!!!! Mato é uma palavra que nem faz sentido aqui, em Portugal, pois não? Beijinhos, Miguel!