Eis que de um certo lugar se adivinha o mar, pois que se ouve, ao longe…
Sigamos, deste lugar, o rio que vai dar ao mar, a esse mar que abraça a alma de Sophia…
De hoje em diante, o Miradouro da Graça chamar-se-á Sophia, em nome da poesia, que é eterna, tão eterna que ultrapassa esta barreira a que chamamos tempo, vida ou outra qualquer designação que se espraie em azul, ou verde, a na mistura das duas tonalidades.
Desse mar de que Sophia não se saciou.
Tão eterna é a poesia que a poetisa prometeu voltar "para buscar os momentos" que não viveu "junto ao mar".O vazio desenhava desde sempre a forma do teu rosto
Todas as coisas serviram para nos ensinar
A ardente perfeição da tua ausência.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Geografia
1 comentário:
Bonito post, o da Madalena - para variar! E a Sophia merece que esta vista se perpetue no nosso olhar.
beijo,
IO
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