Imagem, de Miguel Torga
Este é o poema de uma macieira.
Quem quiser lê-lo,
quem quiser vê-lo,
venha olhá-lo daqui a tarde inteira.
Floriu assim pela primeira vez.
Deu-lhe um sol de noivado,
E toda a virgindade se desfez
Neste lirismo fecundado.
São dois barços abertos de brancura;
mas em redor
não há coisa mais pura,
nem promessa maior.
Vila Nova, 4 de Abril de 1936São Martinho de Anta, Março 2006
Para a TP, porque também é "Torguiana" e para todos e todas que gostam de poesia e da Primavera
6 comentários:
Obrigada, Madalena, pelo presente. Deixo-te outro, para troca. Um dos meus favoritos, menos primaveril mas igualmente lindo...
Beijinhos
T.
Fado, de Miguel Torga
Não dou paz, nem a tenho.
Os outros vão, e eu venho
Das ilusões...
No meu adeus mais puro transparece
O logro e o tédio do caminho andado...
E o sol dos corações
Arrefece
A cada encontro
Desencontrado.
Que lindas torguianas...
:)
Querida Madalena, venho deixar um beijinho muito doce, para que toda a semana seja luminosa e bela, incluindo a 6a feira.
Beijinho com carinho
Olá Madalena. Boa tarde.
Eu gosto de poesia, mais em prosa que em verso, mas não dispenso lindos poemas também em verso.
Feliz quarta.
Beijinhos.
"Olhá-lo daqui" contigo : )
Beleza na simplicidade. Assim leio este poema e recordo meu "encontro" com Torga, às margens do Douro.
Beijinhos e uma ótima semana.
Que lindo!
Gostei de ler esta troca de presentes.
Beijinhos e boa semana.
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